Categoria: jogo

Os jogos de linguagem nas aulas de Língua Portuguesa

I LETRAS UFLA. Outubro de 2014

MESA REDONDA: LEITURA E ESCRITA NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA

Os jogos de linguagem nas aulas de Língua Portuguesa

Nílvia Pantaleoni

Um dos componentes dos jogos de linguagem é o humor. Muitos autores defendem o humor nas aulas de língua materna como uma das maneiras de os alunos compreenderem determinados conceitos. Quando os alunos riem, é porque eles entendem a piada e têm condições de perceber o conceito que lhe dá sustentação.

A fonética e a fonologia, a morfologia, a sintaxe, a semântica, a pragmática e a variação linguística, tudo isso pode ser tratado por meio do humor que, no meu entender, é um componente do jogo, ou seja, se estou me divertindo com algo que falei, que ouvi ou que li, é porque o evento foi constituído de forma lúdica.

Não preciso me preocupar a todo momento se estou agindo a partir dessa ou daquela teoria. Operar a partir de determinadas fundamentações teóricas e de suas respectivas metodologias é fundamental para quem faz pesquisa. O professor de sala de aula precisa adequar conteúdos e metodologias para a sua realidade e precisa ter a desenvoltura de transitar por diferentes teorias.

Quem usa jogos em suas aulas deve pensar, em primeiro lugar, no desafio, na competição saudável entre os jogadores; em segundo lugar, no conhecimento da dinâmica do jogo; em terceiro lugar, no domínio do conteúdo veiculado pelo jogo.

Os jogos podem tratar de conteúdos linguísticos variados: dos fonemas, das letras, dos morfemas, das palavras gramaticais, das palavras lexicais, dos sintagmas, dos enunciados. De qualquer conteúdo linguístico materializado em qualquer gênero de texto/discurso,  em diferentes situações comunicativas.

Se você planejar suas aulas e seguir o planejamento, reserve toda semana uma parte de uma aula para praticar os jogos. Os jogos são excelentes para o desenvolvimento cognitivo de qualquer pessoa. Do sudoku à palavra cruzada, do jogo de lógica à encenação de pequenos textos, tudo mobiliza nossos espaços mentais, ou seja, nossos pequenos conjuntos de memória de trabalho que construímos enquanto pensamos e falamos, enquanto agimos linguisticamente.

Huizinga, Lakoff, Wittgenstein, Crystal e Yaguello são autores que trataram dos jogos de linguagem.

Huizinga trata do jogo como elemento essencial à vida que, no entanto, distingue-se da vida “comum” tanto pelo lugar quanto pela duração que ocupa. A noção de jogo está presente em tudo o que acontece no mundo. Desde a mais remota Antiguidade, as atividades humanas são marcadas pelo jogo. Dentre elas, a atividade comunicativa, por meio do jogo da linguagem.

Lakoff trata da metáfora do cotidiano que empregamos em expressões corriqueiras como: Meu mundo acabou! Ele teve alta. Estou no céu. Minha vida é um inferno. Isso dá ensejo a jogos de linguagem que exemplificamos com o conhecido poema Inutilidades de José Paulo Paes:

Ninguém coça as costas da cadeira.

Ninguém chupa a manga da camisa.

O piano jamais abandona a cauda.

Tem asa, porém não voa, a xícara.

De que serve o pé da mesa se não anda?

(…)

Para Wittgenstein, falar uma língua é parte de uma atividade ou forma de vida exercida por meio de uma variedade imensa de jogos de linguagem: contar histórias, descrever, representar, agradecer, pedir, orar, todos são atos de linguagem formalizados por meio de jogos verbais.

Todo mundo joga com a linguagem ou responde a jogos de linguagem, afirma Crystal. Alguns sentem prazer com isso, outros são totalmente obcecados, mas ninguém pode evitar. A linguagem lúdica tem sido tratada como um tema de interesse marginal, ou, na pior das hipóteses, não é nem mencionada. No entanto, para o autor, ela deveria estar no centro de qualquer investigação sobre questões linguísticas.

Yaguello é especialmente feliz quando trata da função lúdica da linguagem. Para ela, o jogo integra a língua, e, reciprocamente, a língua integra o jogo, pois o homem é talhado fundamentalmente para jogar. Segundo a autora, duas orientações aparentemente contraditórias coexistem na natureza do jogo: a ideia de elasticidade, de liberdade, de margem de manobra; e a de regra e de ligação precisa.

A linguagem pode ser manipulada como uma fonte de prazer e não custa nada. Qualquer recurso linguístico pode ser manipulado (uma palavra, uma frase, uma parte de uma palavra, um grupo de sons, uma série de letras); pode ser distorcido; as regras da gramática, as regras da língua podem ser quebradas para nossa simples diversão.

Perceber que jogo com minhas palavras exige uma atenção que só ocorre por meio de meu esforço voluntário. Muitas pessoas extremamente competentes no manejo com a língua não percebem que, além de comunicar um dado novo, narrar um acontecimento, descrever um objeto, uma pessoa, uma situação, argumentar a favor de qualquer ideia, também jogam com os sons, com as palavras, com as frases. Os mecanismos empregados nesses jogos são usados pelos falantes nativos (dificilmente dominados pelos falantes de outros idiomas que aprenderam o nosso como segunda ou terceira opção) de modo natural e imperceptível.

Concluindo, os jogos de linguagem elaborados com finalidade didática apresentam-se com uma intencionalidade bem definida: promover e otimizar a competência comunicativa dos alunos. Por isso mesmo são atividades monitoradas, com conteúdo bem elaborado, com objetivos definidos e com todas as etapas controladas. A diversão fica mais por conta dos alunos. Para o professor que orienta, os jogos são coisa séria.

Intertextualidade – Atividades

Intertextualidade: atividades

Ana Lúcia Tinoco Cabral

Nílvia Pantaleoni

O dicionário registra, para o verbete provérbio, o seguinte:

  1. Máxima breve e popular; adágio, anexim, ditado, refrão, sentença moral.
  2. Pequena comédia que tem por entrecho o desenvolvimento de um provérbio.

Provérbio é, portanto, um dito popular que contém uma mensagem que anuncia algo sobre a vida, geralmente de maneira metafórica e, algumas vezes, até irônica.

Os japoneses divulgam o seguinte provérbio: “Água à distância não apaga incêndio.” Sabendo-se que incêndio simboliza devastação, acidente muitas vezes fatal, e a água é o antídoto do fogo, uma forma de interpretar a metáfora japonesa é: enfrente seus problemas de perto.

Atividade 1: Traduza, por meio de paráfrases, o sentido contido em cada um dos seguintes provérbios:

  1. Cada macaco no seu galho.
  2. Mais vale um pássaro na mão do que dois voando.
  3. Nem tudo o que reluz é ouro.
  4. Em casa de ferreiro o espeto é de pau.
  5. Em terra de cego, quem tem um olho é rei.
  6. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

********

Atividade 2: Pelo fato de os provérbios serem máximas populares com as quais as pessoas muitas vezes, não concordam, alguns escritores gostam de ironizar, de brincar com este tema.

Observe o pequeno conto de Voltaire de Souza, em que o autor brinca com o conceito de provérbio, criando uma máxima pessoal. Em seguida, escolha um provérbio e crie, no mesmo estilo do conto, sua própria história.

VIDA BANDIDA

Licor

Voltaire de Souza

O dia dos namorados se aproxima. Mas a vida de uma jovem executiva é agitada. Corina trabalhava numa multinacional. “Não tenho tempo nem para o supermercado.” Namorava um rapaz chamado Júlio. “O que é que eu compro para ele? Ele tem tudo… não gosta de nada.” Corina passeava entre as gôndolas. Produtos finos sempre agradam ao paladar exigente. “Será que o Júlio vai gostar deste licor de anis?” A dúvida não durou muito. Entrou no supermercado o assaltante Canhoto. “Levo a garrafa. E a tua grana.” Corina deparou no porte atlético do delinqüente. Paixão imediata e correspondida. Corina não mais se preocupa em dar presentes. “Quando ele gosta, ele leva.”

O verdadeiro amor não tem data e dispensa lembrancinhas.

Folha de São Paulo. 06/06/2000.

Para testar suas habilidades de leitor proficiente

Para testar suas habilidades de leitor proficiente, tente preencher as lacunas do Primeiro Capítulo da Obra de Antonil

Você confere as respostas logo abaixo, neste mesmo post. Boa sorte!

Se preferir, baixe o arquivo.

 

0 ser  01 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, é título, a que muitos aspiram, porque traz consigo, o ser servido, obedecido, e respeitado de muitos.  E se for, qual deve ser, 02  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx; bem se pôde estimar no Brasil o ser senhor de engenho, quanto proporcionadamente se estimam os títulos entre os 03  xxxxxxxxxxxxxxxxx Reino. Porque engenhos há na  04  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que dão ao senhor quatro mil 05  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, e outros pouco menos, com cana obrigada à 06  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, de cujo rendimento logra o 07  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx ao menos a metade, como de qualquer outra, que nele livremente se mói: e em algumas partes ainda mais que a metade.

Dos senhores dependem os 08  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que tem 09  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx arrendados em terras do mesmo 10  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, como os cidadãos dos fidalgos: e quanto os senhores são mais possantes, e bem aparelhados de todo o necessário, afáveis, e verdadeiros; tanto mais são procurados, ainda dos que não tem a 11  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx cativa, ou por antiga obrigação, ou por preço que para isso receberão.

Servem ao senhor de engenho em vários 12  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, além dos 13  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que têm nas fazendas e na moenda, e fora os mulatos e mulatas, negros e negras de casa ou ocupados em outras partes; barqueiros, canoeiros, calafates, carapinas, carreiros, oleiros, vaqueiros, pastores e pescadores. Tem mais cada senhor destes, necessariamente, um mestre de açúcar, um banqueiro, e um contrabanqueiro, um purgador, um caixeiro no engenho, e outro na cidade, feitores nos partidos, e roças, um feitor-mor do engenho: e para o espiritual, um 14   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx; e cada qual destes oficiais tem 15   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Toda  a escravatura  (que nos maiores engenhos passa o número de cento e cinquenta, e duzentas peças, contando as dos partidos),  quer mantimentos  e  fardas,  medicamentos,  enfermaria   e enfermeiro;  e para  isso  são  necessárias  16   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx de muitas mil covas de 17  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. Querem os 18   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, velames, cabos, cordas, e breu. Querem as 19   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que por sete, ou oito meses ardem de dia, e de noite, muita lenha; e para isso há mister dous barcos velejados, para se buscar nos portos, indo um atrás do outro sem parar, e muito dinheiro para a comprar; ou grandes matos, com muitos carros e muitas juntas de boi para se trazer. Querem os canaviais também suas barcas, e carros com dobradas esquipações de bois. Querem enxadas, e fouces. Querem as 20   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx machados e serras. Quer a moenda de toda a casta de paus de lei de sobressalente, e muitos quintais de aço e de ferro. Quer a 21   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx madeiras seletas e fortes para esteios, vigas, aspas e rodas; e pelo menos os instrumentos mais usuais, a saber; serras, trados, verrumas, compassos, réguas, escopros, enxós, goivas, machados, martelos, cantins, e junteiras, pregos e plainas. Quer a fábrica do 22   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx paróis e caldeiras, tachas e bacias, e outros muitos instrumentos menores, todos de cobre; cujo preço passa de oito mil cruzados, ainda quando se vende, não tão caro como nos anos presentes. São finalmente necessárias além das senzalas dos escravos, e além das moradas do capelão, feitores, mestre, purgador, banqueiro e caixeiro, uma 23   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx decente com seus ornamentos, todo o aparelho do altar e umas casas para o senhor do engenho com seu quarto separado para os 24   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que no Brasil, falto totalmente de estalagens, são contínuos; e o edifício do 25   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, forte e espaçoso, com as mais oficinas, e casa de purgar, caixaria, alambique, e outras cousas, que por miúdas aqui se escusa apontá-las, e delas se falará.

O que tudo bem considerado, assim como obriga a uns homens 26   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx a quererem antes ser 27   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx possantes de cana com um ou dous partidos de mil 28   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, com trinta ou quarenta 29 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx; do que ser  30 xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx por poucos anos com a lida, e atenção que pede o governo de toda essa fábrica; assim, é para pasmar, como hoje se atrevem tantos a levantar 31   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, tanto que chegarão a ter algum número de escravos, e acharão quem lhes emprestasse alguma quantidade de  32   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx para começar a tratar de uma obra, de que não são capazes por falta de 33   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx; e muito mais por ficarem logo na primeira 34   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx tão empenhados com  35   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que na segunda, ou terceira já se declaram perdidos: sendo juntamente causa, que os que fiaram deles, dando-lhes fazenda e dinheiro, também quebrem e que outros zombem da sua mal fundada  36   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que tão depressa converteu em palha seca aquela primeira verdura de uma aparente, mas enganosa esperança.

E ainda que nem todos os 37   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx sejam reais, nem todos puxem por tantos gastos, quantos até aqui temos apontado: contudo, entenda cada qual, que com as mortes, e com as secas que de improviso apertam e mirram a 38   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx e com os desastres, que a cada passo sucedem, crescem os gastos mais do que se cuidava. Entenda também, que os 39   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx e outros oficiais desejosos de ganhar a custa alheia lhe facilitarão tudo de tal sorte, que lhe parecerá o mesmo levantar um engenho, que uma 40   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx de negros; e quando começar a ajuntar os aviamentos, achará ter já despendido tudo quanto tinha antes de se pôr pedra sobre pedra, e não terá com que pagar as soldadas, crescendo de improviso os gastos, como se fossem por causa das enxurrada dos 41  xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.

Também se não tiver capacidade, modo, e agência que se requer na boa disposição e governo de tudo, na eleição dos 42   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, na boa correspondência com os lavradores, no trato da gente sujeita na conservação e compra das 43   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que possui, e na verdade e pontualidade com os mercadores, e outros seus correspondentes na praça, achará confusão, e ignorância no título de 44   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, , donde esperava acrescentamento de estimação, e de crédito. Por isso, tendo já fatiado do que pertenceu ao 4   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, que há de ter, tratarei agora de como se há de haver no governo; e primeiramente da compra, e conservação das 46   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, e seus arrendamentos aos lavradores que tem; e logo da eleição dos oficiais que há de admitir ao seu serviço, apontando as obrigações, e as 47   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx de cada um deles, conforme o estilo dos engenhos reais da 48   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, e ultimamente do governo doméstico da sua 49   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx, filhos, e escravos; recebimento dos hospedes, e pontualidade em dar satisfação a quem deve ; do que depende a conservação do seu crédito, que é o melhor 50   xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx dos que se prezam de honrados.


 

açúcar

Bahia

Bahia

barcos

bastante cabedal e de bom juízo

cabedal

cabedal

cana

cana

capela

carpintaria

dinheiro

dívidas

engenho

engenho

engenho

engenhocas

engenhos

escravos de enxada e fouce

escravos de enxada e fouce

família

feitores e oficiais

fidalgos do Reino

fornalhas

governo e diligência

homem de cabedal e governo

hóspedes

lavradores

lavradores

mandioca

moenda

ofícios

pães de açúcar

pães de açúcar

partidos

pedreiros e carapinas

presunção

rios

roças

sacerdote seu capelão

safra

senhor de engenho

senhor de engenho

senhores de engenhos

senzala

serrarias

soldada

soldadas

terras

terras

 Atenção:

Cabedal: Conjunto de bens e riquezas materiais; capital

Soldada: Quantia que se paga a um trabalhador por um serviço; soldo

 

Respostas:

22

açúcar

04

Bahia

48

Bahia

18

barcos

26

bastante cabedal e de bom juízo

45

cabedal

50

cabedal

11

cana

38

cana

23

capela

21

carpintaria

32

dinheiro

35

dívidas

07

engenho

10

engenho

25

engenho

31

engenhocas

37

engenhos

13

escravos de enxada e fouce

29

escravos de enxada e fouce

49

família

42

feitores e oficiais

03

fidalgos do Reino

19

fornalhas

33

governo e diligência

02

homem de cabedal e governo

24

hóspedes

27

lavradores

01

lavradores

17

mandioca

06

moenda

12

ofícios

05

pães de açúcar

28

pães de açúcar

09

partidos

39

pedreiros e carapinas

36

presunção

41

rios

16

roças

14

sacerdote seu capelão

34

safra

01

senhor de engenho

44

senhor de engenho

30

senhores de engenhos

40

senzala

20

serrarias

15

soldada

47

soldadas

43

terras

46

terras

 

CARTAS ANIMAIS – JOGO

CARTAS ANIMAIS

INSTRUÇÕES

ALGUNS MAMÍFEROS E ALGUMAS AVES: VOZES, QUALIDADES E MUITO MAIS…

 

       O baralho é composto por 80 cartas coloridas além de 16 cartas brancas com as respostas que devem permanecer com o coordenador da atividade.

As 16 cartas lilases contêm os nomes dos mamíferos e das aves; as 16 cartas  verdes contêm uma qualidade ou atributo desses animais ou relacionados a eles. Por exemplo: em uma carta lilás temos “a galinha” , em uma cinza temos “garnisé”.

As 16 cartas rosas apresentam as vozes dos animais. Por exemplo: em uma carta rosa temos “crocita, corveja”  –  dois verbos relacionados à voz do “corvo”.

As 16 cartas azuis trazem expressões, ditados e provérbios relacionados aos animais. Por exemplo: “……….. tem medo de água fria”, refere-se ao “gato”.

As 16 cartas beges classificam os animais quanto ao número de sílabas e quanto à sílaba tônica. Por exemplo: a carta bege com a classificação palavra dissílaba paroxítona pode referir-se ao “pato” e ao “corvo”.

Como jogar?

O conjunto das cartas animais pode ser jogado por uma só pessoa como um “jogo de paciência”. Desta forma a tarefa do jogador é formar o conjunto de cartas que se refere a cada um dos 16 animais.

Se houver mais de um jogador, as 16 cartas lilases são embaralhadas e distribuídas entre eles. As demais cartas, depois de embaralhadas, são colocadas são colocadas voltadas para baixo no centro da mesa. Cada jogador, na sua vez, pegará a carta que estiver por cima do monte. Se interessar, aproveitará a carta na formação de um conjunto que irá colocando sobre a mesa. Se a carta não for necessária, será colocada sobre a mesa, voltada para cima, formando-se assim um monte com as cartas que forem sendo descartadas. O jogador seguinte poderá pegar a primeira carta do monte principal, ou , se lhe interessar, a primeira do monte de descarte. Quando terminarem as cartas, será feita a contagem de pontos, para se saber quem é o vencedor.

Valor das cartas

O  valor das cartas é estipulado pelo coordenador da atividade. Cada carta pode ter um valor específico, por exemplo, uma carta azul pode valer 2 pontos e uma carta bege pode valer 1 ponto.

Outras atividades

O professor ou o líder do grupo pode propor outras atividades. Por exemplo: desafiar cada participante a criar uma história envolvendo 3 animais tirados por sorte do conjunto de cartas animais.

Boa Sorte!

Nílvia Pantaleoni

Primeira atividade de linguagem relacionada à introdução de “Feitos de Mem de Sá” de José de Anchieta

Relacione os nomes aos atributos.

NOMES

Pai  
força  
feitos  
arrojo  
  empresas
  Sul
  rajadas
  borrascas
  mares
mundo  
luz  
  espaço
  raios
nuvens  
  chuvas
disco

ATRIBUTOS

altos
brilhante
celeste
densas
divina
furiosas
gigante
gloriosos
límpido
longas
magnas
mais fulgente
novos
oprimido
tremendas
úmido

Resposta:

Pai celeste
força divina
feitos gloriosos
arrojo gigante
magnas empresas
úmido Sul
furiosas rajadas
tremendas borrascas
altos mares
mundo oprimido
luz mais fulgente
límpido espaço
novos raios
nuvens densas
longas chuvas
disco brilhante

 

MONTAGEM DE UM POEMA de Carlos Drummond de Andrade

Instruções para a montagem do poema

1. O poema é composto por 4 estrofes assim divididas:  2 quartetos e 2 tercetos.

2. Cada verso dos 2 quartetos possui 3 palavras.

3. O v.  9 apresenta 4 palavras.

4. O v. 10 está entre parênteses e apresenta 3 palavras.

5. A última palavra do primeiro verso do poema é igual à primeira  palavra do segundo verso.

6. O v.  8 termina por uma interrogação.

7. Há um inseto no primeiro verso, e uma flor, no último verso do poema.

8. A primeira palavra do v.  7 é sinônimo de casamento.

9. O primeiro terceto termina por dois pontos.

10. O penúltimo verso do poema é composto por uma única palavra feminina, polissílaba.

11. A primeira palavra do poema e a primeira palavra do último verso são artigos indefinidos.

12. O primeiro terceto inicia-se pela palavra “Eis”.

13. A palavra que termina o v.  6 é “bloqueado”.

14. O v.  12 apresenta dois adjetivos; um deles indica uma cor.

15. O v.  3 apresenta um verbo no gerúndio cujo complemento é um substantivo feminino.

16. Os dois substantivos do v. 8 geralmente se encontram sob a terra.

17. Os nomes do v. 8 são ligados por uma conjunção.

18. O v. 6 e o v. 12 iniciam-se pela mesma preposição.

19. O cansaço tomou conta da última palavra do v.  5.

20. No substantivo do v.  9, Ariadne quase se perdeu.

21. Nos versos 4 e 5, os verbos estão no infinitivo.

22. A mesma preposição está presente nos  versos 2 e 4.

23. No v. 10, uma palavra termina por um ditongo nasal.

24. Existe um hiato na segunda palavra do v.  6.

25. O v.  11 inicia-se por uma palavra muito usada em partituras musicais.


 

 

Montagem do poema

 

PRIMEIRO QUARTETO

1 ………………………………………………………..
2 ………………………………………………………..
3 ………………………………………………………..
4 ………………………………………………………..

SEGUNDO QUARTETO

5 ………………………………………………………..
6 ………………………………………………………..
7 ………………………………………………………..
8 ………………………………………………………..

PRIMEIRO TERCETO

9 ……………………………………………………….
10 ……………………………………………………..
11 ……………………………………………………..

SEGUNDO TERCETO

12 ……………………………………………………..
13 ……………………………………………………..
14 ……………………………………………………..

Palavras do poema

(oh razão, mistério)

país

a terra

Eis

perfurando

achar

em

presto

alarme

em verde,

Que

antieuclidiana,

enlace

que

bloqueado,

escape.

raiz

cava

exausto,

se desata:

cava

fazer,

sem

de noite

forma-se.

sem

e

minério?

sozinha,

o labirinto

Um  inseto

uma orquídea