Categoria: gramática

Comentários a respeito da obra de Hermann Paul – Princípios Fundamentais da História da Língua

Comentários a respeito da obra de Hermann Paul – Princípios Fundamentais da História da Língua

Nílvia Pantaleoni

 

 

Princípios Fundamentais da História da Língua, de Hermann Paul (1841-1921), um dos iniciadores do grupo dos “jovens gramáticos” ou neogramáticos, é uma obra de caráter abrangente na medida em que pretende dar conta da origem, cisão, classificação das línguas e das mutações fonéticas, semânticas e sintáticas que sofrem durante sua evolução. Além disso, seguindo a tendência de seu tempo, já procura dar foro científico aos estudos da linguagem, considerando-a como uma ciência histórica.

Comentários a respeito da obra de Hermann Paul

 

Variedades linguísticas: norma, correção e adequação. Apontamentos das aulas de Comunicação Empresarial (1)

I – Variedades linguísticas: norma, correção e adequação

Nílvia Pantaleoni

O uso adequado e eficaz da língua, nas mais variadas situações de comunicação, pressupõe uma competência pragmático-utilitária que emerge, não só da utilização de normas e convenções, mas também da conveniência de se distinguir entre uma variedade erigida em norma-padrão, institucionalmente reconhecida como tal, e outras variedades geográfica e socialmente diferentes e legítimas.[1]

 

A variação linguística existe, não podemos ignorar sua riqueza. A marca da diversidade deve ser considerada como algo positivo e ser incorporada aos nossos hábitos linguísticos à medida que nos adequamos ao momento interativo, ou seja, à situação comunicativa. Aliás, a adequação à situação comunicativa incorpora-se entre as máximas conversacionais, regidas pelo princípio de cooperação postulado pelo filósofo da linguagem H.P. Grice.

Grice observa que os falantes seguem um princípio cooperativo geral que orienta os usos eficientes da língua. Numa conversa e, podemos também dizer, numa interação por escrito, ou via internet, os interlocutores guiam-se – mesmo que disso não tenham consciência – por máximas da qualidade, da quantidade, da relevância e do modo. É evidente que elas são frequentemente desobedecidas, mas, num plano ideal, os interlocutores são cooperativos.

Como se dá essa cooperação entre os interlocutores? Como eles podem contribuir com o outro?

Falando só o que é verdadeiro, ou o que eles imaginam que seja verdade (máxima da qualidade); contribuindo com a informação necessária, não mais do que isso (máxima da quantidade); além disso, suas contribuições devem ser relevantes para o propósito da comunicação (máxima da relevância); e, o que mais nos interessa no momento, já que estamos tratando da variedade, da adequação e da correção linguística, ele deve ser claro, evitando a ambiguidade e a falta de clareza (máxima do modo).

Não é adequado o médico que, durante uma consulta, num posto de saúde, usa seu incompreensível jargão para se dirigir ao seu paciente, completamente leigo em assuntos de medicina. Ele será menos adequado ainda, e também extremamente inconveniente se tentar imitar, muitas vezes jocosamente a variante linguística de seu paciente. A adequação à situação comunicativa é perfeitamente possível, e, na maioria dos casos, esta adaptação acontece pelo fato de existir uma espécie de linguagem comum que todos os falantes dominam.

Dino Preti[2] afirma que uma linguagem comum do ponto de vista geográfico, usada, em tese, pelos falantes urbanos de cultura média, empregada no dia-a-dia, contribui para a unificação dos falares regionais, porque é compreensível em todas as regiões do país.

Nas aulas de Comunicação Empresarial, o que deve ser estudado? O que é adequado? Com certeza, não se ensina gramática normativa. Pressupõe-se que o aluno fale e escreva com segurança, pois deve dominar essa linguagem comum.

O aluno deve sentir-se seguro para se expressar em seus trabalhos por escrito produzindo, por exemplo, resumos, resenhas, relatórios, projetos, isto é, gêneros onde predominam seqüências tipológicas ou tipos textuais expositivo-argumentativos em geral, preocupando-se com a clareza, a concisão, a organização de seu texto, não perdendo de vista o interlocutor de seu texto que, na vida universitária, é quase sempre o professor e também seus colegas.

Também nas situações comunicativas orais, isto é, em seminários, apresentações de trabalhos e debates, alguns cuidados não só com o falar, como também com o agir em público devem ser levados em consideração. Para isso existem técnicas; a simpatia  de quem está ouvindo liga-se com o ethos de quem está falando. Falar bem, em voz alta, clara, pausada e convincente, por exemplo, faz parte da adequação à situação comunicativa de um seminário que os alunos preparam antecipadamente.

Participar de discussões e debates não é entrar num bate-boca para defender a todo custo seu ponto de vista, também não é ficar calado, alheio ao que acontece, querendo que tudo termine logo, porque nada daquilo lhe interessa. Participar de uma discussão é querer demonstrar seu ponto de vista aos seus interlocutores e, mais que isso, é tentar persuadi-los com a força de sua argumentação. Finalmente, também é saber ouvir e respeitar o ponto de vista do outro.

Nas aulas de Comunicação Empresarial, você aprimora suas técnicas de leitura, interpretação e produção de textos. Se você tem dificuldades específicas para se expressar por escrito, ou mesmo, oralmente, não perca a oportunidade de se dirigir ao professor que sempre tem material-extra com conteúdos específicos e exercícios que podem eliminar dúvidas. Não podemos ignorar que a educação linguística de qualquer falante nativo inicia-se na esfera íntima do lar, continua nas esferas públicas, abertas. Finalmente, o espaço ideal para o desenvolvimento da educação linguística são as instituições de ensino que aperfeiçoam, hierarquizam e rotulam as mais diversas atividades lingüísticas sociocomunicativas.

O que importa em relação à ética linguística que procuramos observar na instituição escolar, esperando que continue em qualquer situação nas diversas esferas das atividades humanas, é o respeito que devemos ter com o direito linguístico que todo cidadão possui de falar sem ser discriminado e, como alunos que têm como meta o aprimoramento de competências e a aquisição de novas habilidades, importa o crescimento como leitores, falantes e autores na língua que lhes pertence por direito de nascimento.

A língua portuguesa não é fácil nem difícil, mas é um idioma com potencialidades tamanhas que nem os imortais acadêmicos conhecem integralmente. Uma parcela de sua riqueza, de sua diversidade a qual estamos acostumados todos os dias, em todos os lugares, nas mais diversas situações, será tema de outros textos de Comunicação Empresarial, pelo menos, por dois motivos: como futuro profissional, o conhecimento da heterogeneidade da língua portuguesa é fundamental. Por isso, citando Evanildo Bechara, devemos ser poliglotas em nossa própria língua; e como falantes nativos de português que têm consciência de que devem ser cooperativos com seus interlocutores, devemos respeitar a situação comunicativa em que estamos inseridos.

Com os amigos, no trabalho, em casa, na rua, nos corredores da universidade, na sala de aula, nos trabalhos escritos, em uma comunicação mais formal, nos bate-papos da Internet. Cada tempo, cada ambiente, cada situação pede o uso de uma variação. O importante é que não nos esqueçamos da linguagem comum, informal, usada, em tese, pelos falantes urbanos de cultura média, empregada no dia-a-dia, para as situações mais frequentes de nosso cotidiano. Também é importante ter consciência de que a leitura de textos acadêmicos e a produção de trabalhos que o estudante universitário realiza são orientados pela variedade considerada culta da língua portuguesa, quando se emprega a linguagem dita formal.


[1] Guimarães, E. in: Dino Preti e seus temas: oralidade, literatura, mídia e ensino. SP: Cortez, 2001.

[2] Preti, Dino. Sociolinguística: Os Níveis de Fala. SP: Cortez, 2000.

CARTAS ANIMAIS – JOGO

CARTAS ANIMAIS

INSTRUÇÕES

ALGUNS MAMÍFEROS E ALGUMAS AVES: VOZES, QUALIDADES E MUITO MAIS…

 

       O baralho é composto por 80 cartas coloridas além de 16 cartas brancas com as respostas que devem permanecer com o coordenador da atividade.

As 16 cartas lilases contêm os nomes dos mamíferos e das aves; as 16 cartas  verdes contêm uma qualidade ou atributo desses animais ou relacionados a eles. Por exemplo: em uma carta lilás temos “a galinha” , em uma cinza temos “garnisé”.

As 16 cartas rosas apresentam as vozes dos animais. Por exemplo: em uma carta rosa temos “crocita, corveja”  –  dois verbos relacionados à voz do “corvo”.

As 16 cartas azuis trazem expressões, ditados e provérbios relacionados aos animais. Por exemplo: “……….. tem medo de água fria”, refere-se ao “gato”.

As 16 cartas beges classificam os animais quanto ao número de sílabas e quanto à sílaba tônica. Por exemplo: a carta bege com a classificação palavra dissílaba paroxítona pode referir-se ao “pato” e ao “corvo”.

Como jogar?

O conjunto das cartas animais pode ser jogado por uma só pessoa como um “jogo de paciência”. Desta forma a tarefa do jogador é formar o conjunto de cartas que se refere a cada um dos 16 animais.

Se houver mais de um jogador, as 16 cartas lilases são embaralhadas e distribuídas entre eles. As demais cartas, depois de embaralhadas, são colocadas são colocadas voltadas para baixo no centro da mesa. Cada jogador, na sua vez, pegará a carta que estiver por cima do monte. Se interessar, aproveitará a carta na formação de um conjunto que irá colocando sobre a mesa. Se a carta não for necessária, será colocada sobre a mesa, voltada para cima, formando-se assim um monte com as cartas que forem sendo descartadas. O jogador seguinte poderá pegar a primeira carta do monte principal, ou , se lhe interessar, a primeira do monte de descarte. Quando terminarem as cartas, será feita a contagem de pontos, para se saber quem é o vencedor.

Valor das cartas

O  valor das cartas é estipulado pelo coordenador da atividade. Cada carta pode ter um valor específico, por exemplo, uma carta azul pode valer 2 pontos e uma carta bege pode valer 1 ponto.

Outras atividades

O professor ou o líder do grupo pode propor outras atividades. Por exemplo: desafiar cada participante a criar uma história envolvendo 3 animais tirados por sorte do conjunto de cartas animais.

Boa Sorte!

Nílvia Pantaleoni

Primeira atividade de linguagem relacionada à introdução de “Feitos de Mem de Sá” de José de Anchieta

Relacione os nomes aos atributos.

NOMES

Pai  
força  
feitos  
arrojo  
  empresas
  Sul
  rajadas
  borrascas
  mares
mundo  
luz  
  espaço
  raios
nuvens  
  chuvas
disco

ATRIBUTOS

altos
brilhante
celeste
densas
divina
furiosas
gigante
gloriosos
límpido
longas
magnas
mais fulgente
novos
oprimido
tremendas
úmido

Resposta:

Pai celeste
força divina
feitos gloriosos
arrojo gigante
magnas empresas
úmido Sul
furiosas rajadas
tremendas borrascas
altos mares
mundo oprimido
luz mais fulgente
límpido espaço
novos raios
nuvens densas
longas chuvas
disco brilhante

 

Comentários sobre “A vertente grega da gramática tradicional” de Maria Helena de Moura Neves

NEVES, Maria Helena de M. A vertente grega da gramática tradicional. São Paulo: HUCITEC (Brasília): Editora Universidade de Brasília, 1987.

Os gregos definiam o homem como o animal que possui o “logos” (do verbo legein: ajuntar, colher, escolher, de onde contar, narrar, dizer). Para Platão, o pensamento é o diálogo (dialogos) interior que a alma mantém com ela mesma, enquanto o logos, o discurso, é o pensamento que emana da alma para o exterior sob forma de fluxo verbal. Aristóteles reafirma esse pensamento, confirmando uma concepção da linguagem como tradução do pensamento. Eis a base da gramática especulativa e, mais tarde, da gramática geral: a partir da suposição de uma universalidade do pensamento, podia-se deduzir uma universalidade da linguagem. O suporte teórico dos gramáticos de Port-Royal, como se vê, remonta a Platão.

A tradição gramatical no Ocidente iniciou-se com os gramáticos alexandrinos, que exerciam a função de bibliotecário-chefe da Biblioteca de Alexandria, a mais célebre da Antigüidade.Ela reuniu filósofos, matemáticos, pesquisadores nas mais diversas áreas, além de tradutores. O primeiro bibliotecário foi Zenódoto de Éfeso (325 – 234 a.C.). Primeiro editor crítico de Ilíada e da Odisséia de Homero, organizou uma lista com as palavras, sem possuir ainda critérios gramaticais para a revisão e fixação dos textos, raras que encontrou nos textos de Homero. Seu sucessor, Aristófanes de Bizâncio (257 – 180 a. C.) editou, além dos textos homéricos, outros autores clássicos como Anacreonte, Píndaro e, provavelmente, Sófocles e Ésquilo. Ele não chegou a construir um sistema gramatical, contudo sistematizou a acentuação e a pontuação, fez algumas considerações a respeito da etimologia, e, em relação às desinências, fixou as distinções de gênero, de caso e de número. Em seguida, Aristarco da Samotrácia (215 – 145 a. C.) continuou a tradição dos gramáticos alexandrinos, indo adiante ao reconhecer oito partes do discurso: nome, verbo, particípio, pronome, artigo, advérbio, preposição e conjunção.

Dionísio de Trácia (170 – 90 a.C.) considerado o primeiro organizador da arte da gramática na Antiguidade foi discípulo de Aristarco. Ainda preocupado em estabelecer a autenticidade dos textos homéricos, dedicou-se especialmente à pesquisa da analogia das formas sonoras, reservando, em seu manual, uma grande parte aos estudos da fonética. Estudou também, ainda que superficialmente, a morfologia, mas ignorou a sintaxe. Fica clara a influência de Dionísio sobre a gramática de João de Barros. O gramático português recorre aos mesmos procedimentos, apesar de não citá-lo:

— nas definições prevalecem os critérios formais, interferindo flexão e posição e função;

— na própria definição prenunciam-se classificações;

— faz distinção entre inventários abertos (em que há exemplos) e fechados (em que se apresenta lista exaustiva).

As definições apresentadas configuram uma consideração morfológica, ou, mais especificamente, morfossintática. A análise não se limita ao nível da palavra, desce ao exame dos elementos constitutivos vocabulares vai às relações intervocabulares, chegando à oração soluta. Acima de tudo, o que se encontra é a predominância do princípio da divisibilidade preconizada já pelos gregos.

Três séculos mais tarde, um outro bibliotecário da Biblioteca de Alexandria, Apolônio Díscolo (1ª metade do século II d. C.), além de ter preocupação com a fonética e com a morfologia, foi o primeiro  gramático a tratar da sintaxe das partes do discurso. Chegaram até nós os seguintes trabalhos gramaticais: Do pronome, Das conjunções, Dos advérbios e Da sintaxe das partes do discurso.

Em relação à língua latina, os principais gramáticos que retomaram e continuaram os trabalhos  gregos  são: Varrão (116- ? 27 a.C.), Donato (séc. IV) e Prisciano (séc. V). Dentre eles destaca-se Varrão que viveu em Roma e foi encarregado por César da organização de bibliotecas públicas. De suas 650 obras, apenas restaram três: Res rusticae, fragmentos de Res divinae e partes de um tratado de gramática, De lingua latina. Para Varrão a finalidade do estudo da gramática era o exercício do falar bem.

Inúmeras invasões bárbaras marcaram o início da Idade Média, culminando no séc. V, com a queda do Império Romano no Ocidente. Essas invasões não chegaram a dissipar as influências clássicas (gregas e latinas), principalmente reforçadas pela Igreja Católica que adotou o latim como língua oficial no Ocidente, que, evidentemente, perdera a pureza do clássico; enquanto que a língua oficial adotada pelo catolicismo ortodoxo, que se fixou na parte oriental do Império Romano, e perdurou até a queda de Constantinopla, no século XV, foi o grego. Dessa forma, a divisão do Império Romano em duas partes, com a sobrevivência da metade oriental, provocou uma ruptura cultural articulada em torno das duas línguas: o latim e o grego.

No Renascimento, com o desenvolvimento e a consolidação dos países europeus, a partir do final do século XV, surgiu a necessidade de se impor um saber lingüístico que garantisse a unidade pátria. As gramáticas abandonaram o latim e passaram a retratar as línguas particulares de cada nação, representadas pelo francês, espanhol, português, entre outras. Essas línguas surgiram basicamente a partir do latim, tomando cada uma características próprias pelo fato, principalmente, de terem sofrido a influência de diversos  substratos e superestratos.

MONTAGEM DE UM POEMA de Carlos Drummond de Andrade

Instruções para a montagem do poema

1. O poema é composto por 4 estrofes assim divididas:  2 quartetos e 2 tercetos.

2. Cada verso dos 2 quartetos possui 3 palavras.

3. O v.  9 apresenta 4 palavras.

4. O v. 10 está entre parênteses e apresenta 3 palavras.

5. A última palavra do primeiro verso do poema é igual à primeira  palavra do segundo verso.

6. O v.  8 termina por uma interrogação.

7. Há um inseto no primeiro verso, e uma flor, no último verso do poema.

8. A primeira palavra do v.  7 é sinônimo de casamento.

9. O primeiro terceto termina por dois pontos.

10. O penúltimo verso do poema é composto por uma única palavra feminina, polissílaba.

11. A primeira palavra do poema e a primeira palavra do último verso são artigos indefinidos.

12. O primeiro terceto inicia-se pela palavra “Eis”.

13. A palavra que termina o v.  6 é “bloqueado”.

14. O v.  12 apresenta dois adjetivos; um deles indica uma cor.

15. O v.  3 apresenta um verbo no gerúndio cujo complemento é um substantivo feminino.

16. Os dois substantivos do v. 8 geralmente se encontram sob a terra.

17. Os nomes do v. 8 são ligados por uma conjunção.

18. O v. 6 e o v. 12 iniciam-se pela mesma preposição.

19. O cansaço tomou conta da última palavra do v.  5.

20. No substantivo do v.  9, Ariadne quase se perdeu.

21. Nos versos 4 e 5, os verbos estão no infinitivo.

22. A mesma preposição está presente nos  versos 2 e 4.

23. No v. 10, uma palavra termina por um ditongo nasal.

24. Existe um hiato na segunda palavra do v.  6.

25. O v.  11 inicia-se por uma palavra muito usada em partituras musicais.


 

 

Montagem do poema

 

PRIMEIRO QUARTETO

1 ………………………………………………………..
2 ………………………………………………………..
3 ………………………………………………………..
4 ………………………………………………………..

SEGUNDO QUARTETO

5 ………………………………………………………..
6 ………………………………………………………..
7 ………………………………………………………..
8 ………………………………………………………..

PRIMEIRO TERCETO

9 ……………………………………………………….
10 ……………………………………………………..
11 ……………………………………………………..

SEGUNDO TERCETO

12 ……………………………………………………..
13 ……………………………………………………..
14 ……………………………………………………..

Palavras do poema

(oh razão, mistério)

país

a terra

Eis

perfurando

achar

em

presto

alarme

em verde,

Que

antieuclidiana,

enlace

que

bloqueado,

escape.

raiz

cava

exausto,

se desata:

cava

fazer,

sem

de noite

forma-se.

sem

e

minério?

sozinha,

o labirinto

Um  inseto

uma orquídea